Recuperação do mercado de escritórios

Recuperação do mercado de escritórios indica fim do trabalho

Recuperação do mercado de escritórios indica fim do trabalho remoto?

Levantamento mostra tendência de prédios mais valorizados e demanda maior

As empresas estão retornando aos escritórios após a pandemia, e isso é evidente tanto pelo aumento sobretudo do fluxo de pedestres nas ruas quanto pelo aumento dos preços dos imóveis comerciais.

Giuliano, diretor de Locação, Pesquisa e Saúde da CBRE, afirma que a demanda está aumentando e a oferta está diminuindo, o que está impactando os preços. Segundo ele, os valores já voltaram aos níveis pré-pandemia. Ele acrescenta que são as empresas menores que estão, sobretudo, buscando mais imóveis neste momento.

“É necessário criar, sobretudo, espaços mais convidativos aos funcionários (…) não podemos manter os escritórios como sempre foram”, alerta Giuliano. “Estações de trabalho fixas devem ser substituídas por áreas de convivência agradáveis, com salas abertas e interativas, mobiliário ergonômico e adequado às questões sanitárias.”

Em março de 2020, o Google se orgulhava de ter sido uma das primeiras grandes empresas a estimular o trabalho remoto. Hoje, os executivos da Big Tech lideram um comboio, sobretudo, na direção contrária.

São companhias que, para fazer com que os funcionários desistam do estilo de vida adotado na quarentena, apresentam incentivos e ameaças com a justificativa de que os escritórios representam um vínculo necessário para inovação e colaboração.

A volta do trabalho presencial

Não só o Google, mas outras empresas estão voltando a adotar o trabalho presencial. Os escritórios voltaram a fazer parte da vida de grande parte dos trabalhadores, seja por cultura, segurança de dados ou por defender a integração entre colaboradores. E isso vem se traduzindo no mercado imobiliário.

De acordo com um estudo da CBRE, empresa de consultoria na locação e gestão de imóveis, aproximadamente 80% dos prédios comerciais em São Paulo registraram retorno superior a 70%, e 45% com retomada acima de 90%.

A absorção bruta do primeiro trimestre de 2023 é de 189 mil m², 11% acima da média trimestral do último ano.

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