Imóveis Tóxicos
O maior problema nos relacionamentos tóxicos é, sobretudo, que a parte mais prejudicada geralmente demora para perceber isso. E quando percebe, ainda assim, pode ser tarde demais. E não estamos falando apenas de relacionamentos pessoais. No mundo corporativo, incluindo o mercado imobiliário, os relacionamentos tóxicos também causam danos e prejuízos para empresas, fornecedores, clientes e funcionários.
Além disso, no segmento de locação de imóveis, pior ainda. Parece que a pressa dos inquilinos para atravessar as barreiras do contrato, e dos proprietários para locar o imóvel o mais rápido possível, acaba, sobretudo, contaminando todos ao redor.
Como detectar os imóveis tóxicos
A empresa Visitown, que gerencia e terceiriza visitas, conduziu um estudo histórico sobre todas as visitas realizadas por meio de sua plataforma. Um dos dados destacados no estudo revelou que apenas 20% dos imóveis são responsáveis por 60% do total de visitas. A empresa interpreta esse fenômeno à luz do Princípio de Pareto. Gustavo Pessoa, CMO da Visitown, comenta sobre essa descoberta, afirmando: “Com base nessa constatação, podemos afirmar que, se um imóvel já recebeu 6 visitas e não foi locado, ele apresenta algum problema.”
Essa abordagem facilita às imobiliárias justificar aos proprietários as melhorias necessárias para a locação do imóvel. Se os proprietários não concordarem, a decisão mais acertada pode ser retirar o imóvel da carteira, evitando prejuízos.