DREX: como o real digital irá destravar o crédito e reduzir as burocracias do setor imobiliário
A compra de imóveis no Brasil, marcada por processos burocráticos e, sobretudo, a necessidade de múltiplos intermediários, pode estar prestes a enfrentar uma revolução digital com o lançamento do DREX, o Real Digital.
A proposta do Banco Central para uma moeda digital está em testes e deve ser lançada em 2024. Esta inovação pode representar uma mudança significativa na forma como as transações imobiliárias são realizadas.
Atualmente, cerca de 109 países estão explorando ativamente as moedas digitais. O que mostra a movimentação dos bancos centrais para acompanharem a revolução digital, sobretudo, das criptomoedas e seus benefícios, como: transparência e confiabilidade, banco de dados totalmente integrado, contratos inteligentes.
DREX: o real digital no mercado imobiliário
No mercado imobiliário, o DREX deverá ser o habilitador de grandes mudanças, como:
- Tornar as auditorias de empresas e avaliações de crédito mais baratas;
- Aumentar a garantia e facilidade para pagamentos;
- Alterar o papel de intermediários reduzindo os custos de transações;
- Viabilizar formas de pagamento mais flexíveis e criativas;
- Ser a semente para um possível MLS imobiliário;
- Servir de base para um mundo sem bypass para as imobiliárias.
Mas isso tudo já não é possível hoje no Brasil?
Algumas plataformas já oferecem “imóveis digitais”. Porém, é algo ainda distante do grande público, seja devido à falta de familiaridade com a tecnologia, ausência de padronização e interoperabilidade ou mesmo insegurança jurídica.
O real digital pode romper estas limitações
Basta olhar para o PIX para entender como esse fenômeno pode acontecer mais rápido do que imaginamos. O irmão mais velho do DREX registrou, sobretudo, no primeiro semestre de 2023 um total de 17,6 bilhões de transações, o que corresponde a 93% do total de transações bancárias no período.
E tudo isso não acontece de forma isolada. São diversos fatores que já estão, sobretudo, abrindo caminho para transformações envolvendo tecnologia e funding no mercado imobiliário.
Como, por exemplo, a Queda da Taxa de Juros, pode impulsionar a nova geração de real estate fintechs, e o Marco das Garantias, que pode gerar novas alternativas de crédito aos incorporadores.
Ainda há um longo caminho pela frente antes que o DREX e a tecnologia blockchain atinjam a maturidade, mas com os líderes do setor imobiliário e os governos explorando e implementando aplicações, é possível que esta indústria consiga de fato dar o salto para um mundo digital descentralizado.